O projeto Meu Cep Flutuante, com o intuito de humanizar os espaços da Universidade, propôs a seguinte provocação: “Como você expressa sua identidade na UFABC?”
Com esta intervenção poética, visamos constatar como algumas pessoas se
relacionam com a UFABC, isto é, como se dá a relação espaço físico e
identidade e como são os seus sensos de pertencimento à Universidade.
Abaixo, imagens que ilustram o resultado de tal provocação:
Como visto, as pessoas manifestam a sua identidade de diversas
maneiras na UFABC. As pessoas podem se identificar ao participar de
grupos como o Grupo de Estudos Bíblicos (GEB), dando aulas, conversando
com os seus amigos e expondo suas ideias, com as suas roupas, competindo
por CRs maiores, estudando muuuuito, participando de projetos de
extensão, se locomovendo de bicicleta e de inúmeros outros jeitos.
Essa pluralidade de identidades na UFABC retrata como o espaço da
Universidade é heterogêneo, possui singularidades e está aberto para a
performance dos mais diversos tipos de identidades.
O que os encontros de Identidades e Culturas mostraram é como a
ocupação e transformação dos locais é importante para uma sociedade que
esta enfrentando um esvaziamento de sentido das coisas. (Re)Significar
ambientes com as identidades é fundamental para que a vivacidade dos
espaços seja mantida. Para que nós, como seres humanos, não sucumbamos a
desumanização dos locais Intervir e estabelecer novas relações com o
meio é fundamental, principalmente em uma Universidade, onde o
aprendizado nunca tem fim.
PS: Post feiot em parceira com o blog coletivo Meu Cep Flutuante!
“Quantas vezes você já ouviu falar que o Brasil é um continente? E
é a mais pura verdade… afinal cada um dos nossos 27 estados tem uma
característica, um gosto e uma cultura muito própria! Nosso país é um
emaranhado de gente de todo tipo!“.
Esta assertiva no inicio do teste descreve, claramente, a conexão de
identidades com o território (neste caso, os estados brasileiros). Com a
proposta do Meu Cep Flutuante de estabelecer relações
evidentes entre identidades e espaços, analisamos a conexão entre a
identidade das pessoas e os estados brasileiros aplicando um teste bem
simples e divertido!
Abaixo, dois vídeos da aplicação destes testes:
Entrevistado: Gustavo Lima
Entrevistado: Guilherme Lourenção
No decorrer das entrevistas, por meio das respostas, pode-se observar
os trejeitos da identidade de cada um. Por mais que essas observações
não correspondam a totalidade da identidade dos entrevistados, podemos
constatar sentidos de pertencimento e de localização no tempo e no
espaço e em referência a um ou vários grupos (definição de identidade).
As respostas mostravam certo senso de pertencimento a determinados
estados brasileiros e o resultado do teste se mostrou tanto preciso;
como no caso do Gustavo Lima, em que ele vinculou sua identidade ao
estado de São Paulo sem saber o resultado do teste e acertou; como
também surpreendente; como no caso do Guilherme Lourenção, que
demonstrou não gostar muito do Rio de Janeiro, mas mostrou algumas
posições que o fazem pertencer a este estado.
É incrível como esta noção de identidade atrelada ao substrato físico
está presente no nosso cotidiano. Para quem se locomove todos os dias,
como eu, isto está ainda mais nítido. A minha performance, isto é, o
jeito pelo qual minha identidade é apresentada, varia de acordo com o
local que me encontro. Na Universidade, tenho uma postura performática
de uma determinada maneira, enquanto, ao chegar na minha pequena cidade
(mais especificamente na minha “vila”) faço outras performances. Tudo
isso devido ao outro. A alteridade que possibilita essa flutuabilidade.
Afinal, somente com o reconhecimento do outro (tanto o “outro indivíduo”
como o “outro local”) é que consigo construir minhas identidades.
Faça você também o teste e quem sabe uma surpresa o aguarda! A sua
identidade é multifacetada e, as vezes, um teste como este pode te
mostrar um lado dela que você desconhecia!